Um grupo de pesquisadores da Universidade Stanford (EUA) conseguiram transformar células de um câncer do sangue em inofensivos glóbulos brancos.
Esse avanço foi obtido quase por acaso. Os cientistas tinham isolado em laboratório células cancerosas de um paciente com leucemia linfoblástica de células B precursoras, um tipo de leucemia agressiva que provoca a multiplicação de glóbulos brancos imaturos e, portanto, inúteis, na medula óssea no interior dos ossos e no sangue. Como se estivessem diante de uma piscina com piranhas em um zoológico, os pesquisadores, dirigidos pelo médico Ravi Majeti, lançavam às células cancerosas todo tipo de nutrientes para tentar mantê-las com vida e poder estudá-las. Até que um de seus jovens pesquisadores, Scott McClellan, se deu conta de que as células daninhas se transformavam em inofensivos macrófagos, células de defesa capazes de engolir e fazer desaparecer micróbios nocivos e até mesmo células cancerosas.
A nova fase da pesquisa é buscar um fármaco que reproduza o efeito observado em laboratório:
“O ideal agora seria encontrar uma substância química que acelere essa transformação que já ocorre espontaneamente”, explica o pesquisador. Sua instituição, o Centro de Regulação Genômica de Barcelona, chegou a patentear o método, mas deixou de pagar a patente depois de um ano sem obter êxito em sua busca de um fármaco que conseguisse esses efeitos, explica Graf. “Testamos 6.000 compostos e não encontramos nada suficientemente potente.” Agora são os pesquisadores de Stanford que buscam essa substância química.
Outro tipo de leucemia, a promielocítica aguda, já é combatida com um tratamento semelhante, com base em um parente da vitamina A, o ácido retinoico, combinado com quimioterapia. O ácido retinoico ajuda a transformar as células tumorais em granulócitos, outros glóbulos brancos especializados na luta contra as infecções bacterianas.
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