Úlcera Diabética


Pés diabéticos

Conceito


As úlceras diabéticas são provenientes de um trauma físico no tecido cutâneo de um portador de Diabetes Mellitus (DM). Por sua supressão natural da ausência de propriedades cicatriciais, essas lesões tendem a evoluírem rapidamente e apresentam grande dificuldade de regeneração.


Considerando que a DM é uma patologia que acomete pessoas ao longo de suas vidas, basta apenas ter uma pré-disposição para que se evolua. O que antes uma patologia acometida em sua maioria pela população idosa, hoje se tem complicações em todos os níveis e faixas etárias.
A úlcera diabética é a causa mais frequente de ablação dos membros inferiores e estudos mostram que a neuropatia é a principal protagonista das lesões ulceradas do membro diabético.
A preocupação é a nível mundial e hoje acomete mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo, mas nem todos os portadores da DM evoluem úlceras.

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Fisiopatologia

As lesões do membro diabético com frequência resultam de uma combinação entre dois ou mais fatores de risco ocorrendo de forma concomitante. Na neuropatia diabética periférica, todas as fibras, sensitivas, motoras e autonômicas, são afetadas. A neuropatia sensitiva está associada à perda da sensibilidade dolorosa, percepção da pressão, temperatura e da propriocepção. Devido à perda dessas modalidades, os estímulos para percepção de ferimentos ou traumas estão diminuídos ou nem são perceptíveis, o que pode resultar em ulceração.
Geralmente, admite-se que a neuropatia motora acarrete atrofia e enfraquecimento dos músculos intrínsecos do membro, resultando em deformidades, exemplo do pé, flexão dos dedos e em um padrão anormal da marcha. As deformidades resultarão em áreas de maior pressão, como, por exemplo, sob as cabeças dos metatarsos e dos dedos. A neuropatia autonômica conduz a redução ou à total ausência da secreção sudorípara, levando ao ressecamento da pele, com rachaduras e fissuras. Além disso, há um aumento do fluxo sanguíneo, através dos shunts arteriovenosos, resultando em um pé quente, algumas vezes edematoso, com distensão das veias dorsais.
A mobilidade das articulações pode tornar-se limitada nos pacientes diabéticos, provavelmente devido à glicação das proteínas nas articulações, no tecido conjuntivo e na pele. As deformidades dos pés, o padrão anormal da marcha e a limitação da mobilidade das articulações resultarão em alteração da carga biomecânica dos pés, com pressão plantar elevada e provável aumento das forças de acomodação (shear).
Devido à perda da sensibilidade protetora, o trauma repetitivo causado pela caminhada pode não ser percebido e, como resposta fisiológica natural, acarreta a formação de calos. Infelizmente, os calos agem como corpos estranhos a superfície da pele e podem provocar a elevação da pressão da pele local.
As úlceras resultam de fatores extrínsecos ao pé insensíveis, como um trauma externo, em geral associados a fatores intrínsecos, como a pressão plantar aumentada. Nas ulceras plantares, os calos formam-se devido ao estresse mecânico repetitivo, e, finalmente, desenvolve-se a úlcera, muitas vezes, precedida de uma hemorragia subcutânea.

Protocolos de Tratamento

O papel do fisioterapeuta é fundamental, pois atuamos nos três níveis do acometimento, sendo a prevenção o primeiro passo e o mais importante. A educação é fundamental neste estagio inicial evolutivo, ela transforma a atitude do paciente quanto aos autocuidados que vamos instruir ao longo do tratamento.

  • A conduta inicial se faz com uma anamnese completa, estreitando o laço terapeuta paciente;
  • Inspeção regular dos pés e dos calçados durante as visitas clínicas do paciente. Remoção dos calçados e exames dos pés;
  • Tratamento preventivo para os pés e com os calçados para pacientes com pé em alto risco, ou seja, quiropodia, cuidados com os calçados, educação;
  • Abordagem multifatorial e multidisciplinar de lesões já estabelecidas;
  • Diagnóstico precoce de doença vascular periférica e intervenção vascular;
  • Acompanhamento contínuo dos pacientes com úlceras prévias nos pés;
  • Eliminar a infecção da ferida, fechar a ferida, diminuir a dor, restabelecer a AVD;

Na atual literatura, o diagnóstico se faz conforme o método:

  • Neurológico: Uso de diapasão, martelo, monofilamento, pino, palito, tubos quentes e frios;
  • Visual e corporal: Pressão anormal, fissuras, fístula, equimose, deformidades ósseas, valgismo, cianose, úlcera, calosidades, pele seca, micoses, pulso tibial posterior e pedioso ausentes.

Condutas Fisioterapêuticas

  • Microcorrentes;
  • Laser de baixa potência;
  • Fototerapia;
  • TENS;
  • Ultrassom;
  • Exercícios de baixo impacto.

 Condutas Holísticas

  • Acupuntura;
  • Homeopatia;
  • Reiki;
  • Florais de Bach;
  • Fitoterapia;
  • Medicina Antroposófica
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