ROMA, ITA (ANSA) - Os 18 transplantes de células-tronco neurais realizados em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) na Itália tiveram resultados positivos. Apesar de ser ainda muito cedo para falar em uma cura definitiva para a doença neurodegenerativa, a notícia representa certamente um passo à frente na luta contra ela. O avançado experimento foi conduzido pelo professor de biologia da Universidade de Bicocca, em Milão, e diretor científico do instituto de pesquisas Casa Sollievo della Sofferenza di San Pio, Angelo Vescovi.
A primeira fase da pesquisa, feita apenas com pacientes italianos, chegou à conclusão de que o tratamento é realmente seguro e que três das 18 pessoas transplantadas mostraram benefícios neuronais em relação à doença. Estes dados preliminares também dão esperança de que no futuro haverá uma terapia definitiva para a ELA.
Em entrevista exclusiva à ANSA, Vescovi disse que os resultados do experimento são "excelentes", mas que ainda "é cedo para poder falar de uma cura para a ELA" e que "são necessárias mais confirmações".
Graças aos dados positivos, o estudo passará para a Fase II, que tem como objetivo comprovar a eficácia do método para interromper a esclerose. Ela começará a ser colocada em prática a partir do ano que vem e terá uma amostra de cerca de 70 a 80 pessoas.
Toda a pesquisa foi feita de acordo com as normas internacionais da European Medicine Agency (EMA) e certificada pela Agenzia Italiana del Farmaco (Aifa). A apresentação oficial dos primeiros resultados acontecerá no palácio San Callisto, em Roma, no dia 29 deste mês.
Explicação:
CÉLULAS-TRONCO NEURAIS são fonte de novas células no cérebro. Elas se dividem periodicamente em duas áreas principais:
- os ventrículos, cavidades que contêm fluido cérebro-espinhal para nutrir o sistema nervoso central,
- e o hipocampo, uma estrutura crucial para o aprendizado e memória
Apenas 50%, em média, migram com sucesso, enquanto as outras perecem. No cérebro adulto, neurônios recém-formados foram encontrados no hipocampo e nos bulbos olfatários, onde o olfato é processado. Pesquisadores esperam ser capazes de induzir o cérebro a se auto-reparar estimulando as células-tronco neurais ou os precursores neurais a se dividir e se desenvolver onde forem necessários.
Fonte: celulas-troncoja.blogspot.com.br
0 comentários:
Postar um comentário
Por favor, não utilize palavras feias. Obrigado.