Pesquisador mostra implantes capazes de capturar
células cancerígenas
Implante
feito de biomaterial é capaz de capturar células de metástase.
Exame em paciente com implante detecta metástase precocemente.
Exame em paciente com implante detecta metástase precocemente.
Pesquisadores
desenvolveram um método para a detecção precoce de células de câncer
metastático em animais, uma descoberta que pode ajudar a retardar a progressão
do câncer - informou nesta terça-feira (8) a revista científica britânica
"Nature Communications".
A metástase é
um conjunto de células cancerosas que são derivadas a partir de um órgão
afetado por um tumor primário e que migram pata outro membro.
Os órgãos mais
frequentemente acometidos por metástases são o fígado, os pulmões, o cérebro e
os ossos.
Esta extensão
geralmente não é um bom sinal, já que normalmente é detectada num estágio
avançado e muito difícil de atacar.
Os
pesquisadores já trabalham em exames de sangue para prever o risco de um
movimento desfavorável em certos tipos de câncer, devido à presença de células
tumorais circulantes (CTC).
Mas como estas
células são extremamente raras e difíceis de detectar, um grupo de
pesquisadores norte-americanos dirigido por Lonnie D. Shea criou um implante
feito de biomaterial capaz de capturar células metastáticas em animais de
laboratório às quais os pesquisadores haviam inoculado um câncer de mama
metastático.
Metástase é detectada precocemente
"Nós
combinamos isso a um sistema de análise de imagens que nos permite detectar a
presença de células cancerígenas no implante, o que nos permite detectar de
maneira precoce as metástase", informou Shea à AFP.
Este
procedimento deve, segundo ele, fornecer "uma janela de oportunidade para
tratar as metástases enquanto o paciente ainda está em boa saúde e com poucas
células cancerígenas".
Ele espera que
estes testes clínicos possam ser realizados na Universidade de Michigan, já que
os procedimentos de fabricação dos biomateriais necessários já foram
identificados e o financiamento é garantido.
"Não há
razão para pensar que este sistema não funcionaria nos seres humanos, mas nós
ainda precisamos provar isso", acrescentou, sem excluir que alguns
"detalhes" ainda possam evoluir no futuro.
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